terça-feira, outubro 14

Entrevista com Ciméri Saraiva...

No dia 03 de Setembro de 2014, o grupo foi até a Delegacia de Polícia de Lajeado para fazer uma entrevista com a psicóloga da delegacia local, Ciméri Saraiva.

Qual é o estado emocional da vítima ao chegar à delegacia?

Quando as crianças chegam para mim, já passaram por outros profissionais. Então, muitas vezes, ela vem repetir o que já disse para o policial, mas elas ficam muito ansiosas. Meu atendimento: primeiro eu faço uma entrevista com a mãe da vítima, para conseguir pegar o histórico dela, pois na maioria das vezes, a mãe já possui histórico de abuso. Depois de conversar com a mãe, eu falo, tranquilamente, com a criança. Isso é difícil, pois como eu preciso esclarecer exatamente o que ocorreu, preciso que a vítima me conte exatamente o que aconteceu. Quando eu abordo o assunto, percebo que a mesma fica muito angustiada, tímida e sem conseguir falar.

Qual é o estado emocional do abusador ao chegar à delegacia?

Eu não escuto o abusador; a delegacia da mulher, às vezes, o escuta. Quando eu trabalhava no presídio de Lajeado, eu fazia a escuta do abusador. Pela minha experiência, o estado emocional varia, pois muitas vezes é um quadro patológico, ou seja, ele é um psicopata, ou ele não tem um quadro patológico e fez isso uma ou duas vezes e se arrependeu, ou até mais vezes, mas não chega a ser uma patologia. Sendo assim, não existe um perfil de abusador.

Existem muitos casos de abuso aqui na região do Vale do Taquari?

Tem uma demanda grande.

Quando ocorre a denúncia? Logo no primeiro abuso, ou quando já aconteceu mais de uma vez?

Varia, pois algumas mães acreditam que isso não vai mais ocorrer, outras não perdoam e vêm logo na primeira vez.

Qual é a média da idade das vítimas?

Também é variável, mas eu já atendi crianças de dois anos até adolescentes de 16 anos. É claro que também varia o tipo de abuso, pois o fato de o pai ter passado a mão nas partes íntimas da criança, já é considerado um abuso.

Como é o processo depois de ocorrer a denúncia?

Após ocorrer a denúncia, é encaminhado para a delegacia da mulher, onde é feita a escuta da criança e essa avaliação dá suporte ao inquérito policial e é  encaminhado para o Judiciário. 

Pedofilia- Titãs

Ele disse: 'eu tenho um brinquedo
Vem aqui, vou mostrar pra você'
Ele disse: 'esse é o nosso segredo
E ninguém mais precisa saber'
'Eu não vou te fazer nenhum mal', ele disse
E então me pegou pela mão
Ele disse que era normal que pedisse
E eu não tinha por que dizer não

Não sou eu mais em mim
Não sou eu mais
Sou só nojo de mim
Só nojo, por dentro
Não sou eu mais em mim
Não sou eu mais
Sou só nojo de mim
Só esquecimento

Ele disse: 'eu tenho um presente
Vem comigo que eu vou te mostrar'
Ele disse: 'isso é só entre a gente
E não é pra ninguém escutar'
'Eu não vou fazer nada de errado, eu te juro

Vem aqui, vamos nos conhecer'
'Vem aqui, fica aqui do meu lado, no escuro
Eu prometo cuidar de você'

Não sou eu mais em mim
Não sou eu mais
Sou só nojo de mim
Só nojo, por dentro
Não sou eu mais em mim
Não sou eu mais
Sou só nojo de mim
Só esquecimento
Não, não, não

Conscientizando a comunidade!

Nossas professoras Márcia Sfair e Rosana Fagundes nos desafiaram a passar nosso conhecimento sobre o assunto à comunidade. A partir disso, procuramos ideias em sites da internet. Chegamos à conclusão de que seria muito mais eficiente conscientizar os pais do que apenas as crianças.
Resolvemos então distribuir doces em um parque movimentado da cidade, onde muitos pais levam seus filhos. A ideia era oferecer chocolates às crianças e, se elas aceitassem, conversaríamos com os pais a respeito; se eles recusassem parabenizaríamos os filhos e os pai por agirem de forma consciente.
Após isso, explicamos para os pais das crianças sobre o nosso projeto e mostramos como é simples uma criança ser atraída por um pedófilo, pois com um simples doce, a criança se encanta.


Percebemos que poucas pessoas da nossa comunidade têm conhecimento sobre esse assunto. As pessoas acreditam que essa é uma realidade surreal, que isto nunca vai ocorrer com elas. Mas estão bem enganadas, pois esse é um problema que tem se tornado cada vez mais comum.


quinta-feira, agosto 21

O abusador

   Aqui contaremos o que encontramos na ida à biblioteca sobre o abusador e seu psicológico



  1. Critérios para o diagnóstico:

    Há registros que mostram que aproximadamente 35% dos agressores sexuais também sofreram algum tipo de abuso, vale ressaltar que este dado serve somente para abusadores homens, visto que não exitem dados que comprovem abuso sexual sofrido pelas mulheres. "Para entender como algumas vítimas passam a cometer abusos, é preciso prestar atenção ao tipo de abusador, à relação formada com a criança e à experiência da criança com o abuso" (Sanderson, 2005, p.55)
  2. Tipos de abuso:

    Pode-se dividir em dois, o familiar e o não-familiar. O mais comum, com aproximadamente 80% dos casos, é o familiar, nele são divididos mais cinco tipos: pai-filha, irmão-irmã, mãe-filha, pai-filho, mãe-filho. Pesquisadores acreditam que o mais comum seja irmão-irmã, porém o mais relatado é pai-filha que passa de 75% dos casos.
  3. Pensamentos e sentimentos de um abusador:

    Fantasias e excitação masturbatória, raiva, ansiedade, tédio, depressão, estresse, pensamento distorcido, malícia, manutenção de segredos, entre outros. As pré-condições de um abusador são fatores citados por Sanderson (2005, p. 65), que os divide em quatro: a motivação, as inibições internas e externas e a resistência.

Ida à biblioteca da Univates

    No dia 12 de agosto, nossas professoras Márcia e Rosana nos proporcionaram uma ida para biblioteca da Univates com o objetivo de pesquisar mais sobre nosso conteúdo. Segue alguns momentos desse passeio:












Neste dia também recebemos uma grande ajuda de uma colega, Luisa Hefle, que nos ajudou a procurar pelos livros e a resumi-los.